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06 novembro 2018

Terra Negra

Cristiane Sobral e suas poesias em Terra Negra, escancara a beleza da mulher negra e indígena. 

Não se cala diante da violência e do racismo,  denuncia também a violência feita pelos nossos iguais. Nossos crimes? Ser pobre, ter pele preta, orientação sexual... 

Ela fala do tão super estimado falo, “afinal, pau não é coroa”. 

A infância, a maternidade, o amor, as páginas viradas, o aprender a dizer não ao que não te completa, a nossa solidão, nosso preterimento.

 A beleza de nossos traços negroide, seios, lábios carnudos, o nosso crespo, a nossa cor da noite.  Mas não somos apenas fetiche. 

A autora reverencia quem veio antes nós, a benção meus mais velhos . O beijo, o gozo, tudo faz parte de nós. “ Para comover uma preta como eu. Traga mais do que aquilo que o racismo te deu”.
Leitura maravilhosa que é pra ser repetida varias vezes, presente perfeito pra dar pra preta em processo de descolonização do seu ser. Palavras que doem, palavras que afagam, palavras que libertam. Boa leitura.

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