Um conselho, quando souberem que 3 mulheres negras se reuniam para construir algo, liguem o alerta e preparem o coração.
Duo de pretas – Guerreiras!
Com Sulamita de Oliveira uma esplendorosa pianista Concertista que começou seus estudos na música aos 5 anos de idade, Mestra em Música pela UFRJ, pesquisadora e professora de piano e linda pra caramba. Ana Lia Alves cantora lírica estuda a presença Africana em música de concertos e Soraia Arnoni atriz, formada pela Escola de Teatro Martins Penna e licenciada em teatro pela UNIRIO.
Mulheres negras ocupando espaço na música erudita. Podemos tudo
❤️
Um percurso musical que se inicia com a música Essa Negra fulô que fala de uma mulher negra subalternizada, acusada de roubo, apanha e é sexualizada. Na sequência Somos contemplados com uma performance da música Maria Macambira que se encantou a lavar as roupas de Yemanjá e segue com outros cantos.
A violência a mulher é denunciada por relatos em vídeos. A poesia nos atravessa entre as apresentações musicais, o canto lírico comove e o piano faz suspirar.
O espetáculo não fala só de dor. Mulheres negras Guerreiras são homenageadas, Marielle Franco, Maria Carolina de Jesus, Lapinha...
O amor é colocado em pauta, mas não qualquer amor, aquele amor que atura tudo. Não! O espetáculo fala do amor romântico, o amor carinhoso, o amor com afeto. Somos fortes mas não somos exclusivamente uma armadura, estamos aptas para toque e ao afago.
Um espetáculo que emociona e motiva. Deixa a mensagem de que se tiver alguma mulher passando por abuso; DENUNCIE! E se por acaso quem tiver passando por abusos for você: Não se cale.
Último spoiler: o solo no Piano de Feeling Good de Nina Simone é de fazer o coração sair pela boca.
O espetáculo volta no ano que vem. Fiquem atentos.
Roseane Corrêa
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